Foram inauguradas hoje as linhas BNDES FUST Direto, para financiar projetos de cobertura de telecom em áreas indicadas pelo governo, e FUST Finame, para provedores.
O BNDES iniciou hoje, 5, a oferta de financiamentos tomados diretamente com o banco baseados em recursos do FUST. Neste caso, apenas para créditos acima de R$ 10 milhões poderão ser obtidos. A empresa interessada deverá já ser habilitada na instituição e ter limite compatível.
Os recursos devem ser utilizados em três tipos de projetos: FUST Educação; FUST Cidades; e FUST Rural.
O FUST Educação prevê liberação do crédito para construção de backhaul e rede de acesso para escolas públicas e construção de rede interna das instituições de ensino.
O FUST Cidades prevê expansão da rede móvel 4G ou superior em favelas e áreas de baixa renda. Prevê também a construção de backhaul ou rede metropolitana em cidades indicadas pelo governo.
O FUST Rural destina recursos à expansão do 4G ou tecnologia superior em áreas rurais e rodovias estaduais sem atendimento. Poderá ser financiada a aquisição de modems Fixed Wireless Access – FWA para instalação nas áreas que forem atendidas por rede SMP com tecnologia 5G.
As listas de escolas, cidades e localidades que podem ser escolhidas para os aportes está aqui.
O custo financeiro é calculado com base na TR. O BNDES cobra taxa de 1% ao ano e uma taxa de risco, que é variável conforme o cliente e prazos. Projetos prioritário (Educação, Favelas e áreas rurais definidas pelo Governo) têm taxa menor. O prazo de pagamento alcança 15 anos.
Finame
O BNDES também começou a receber protocolos de interessados em utilizar a linha indireta Finame FUST, criada para financiar a aquisição de equipamentos de telecomunicações. Para tanto, a linha utiliza dinheiro do fundo de universalização. É a primeira vez que tais recursos ficam disponíveis.
Podem acessar o dinheiro “sociedades empresárias prestadoras de serviços de telecomunicações, visando à expansão dos serviços de conectividade e ao fortalecimento de fornecedores locais de tecnologia”. Em suma, o valor é reservado a provedores de micro, pequeno e médio porte.
O empréstimo por meio do banco tem custo financeiro equivalente à Taxa Referencial (TR) ou Taxa Fixa (TFB-TR). O BNDES cobra taxa de 1,45%. E o agente financeiro, até 7% ao ano.
Segundo o banco estatal, o Finame poderá ser usado para financiar até 100% da compra de equipamentos, entre os quais, fibra óptica. O valor máximo de crédito a ser tomado é de R$ 10 milhões, a cada 12 meses.
A empresa terá 10 anos para pagar, incluindo aí os 2 anos iniciais de carência (no caro de adoção da TR, para TFB-TR, será de um ano). A garantia será de livre negociação entre a instituição financeira credenciada e o cliente do financiamento.
Fonte: Telesíntese