O mercado móvel no País adicionou 3,7 milhões de chips no primeiro semestre de 2024, totalizando 251,5 milhões de acessos totais – de acordo com dados da Anatel.
Esse desempenho é considerado positivo, já que o primeiro semestre de 2023 foi marcado por uma perda de 466 mil linhas na base das operadoras brasileiras.
A explicação para essa alta está na ativação de linhas tradicionais de celular, também chamadas de “padrão” – nomenclatura que exclui as tecnologias M2M e PoS.
O setor fechou o primeiro semestre de 2024 com 216,2 milhões de chips desse tipo em funcionamento – após adicionar 2,9 milhões de acessos. Já no primeiro semestre de 2023, o mercado móvel havia registrado desativação de 2,6 milhões de linhas de celular.
Pós-pago e pré-pago
Considerada o ativo mais relevante para as operadoras, a modalidade pós-pago de celulares fechou o primeiro semestre deste ano com 3,9 milhões de novas assinaturas – totalizando 109,7 milhões de acessos desse tipo no Brasil.
Entre as grandes operadoras, a Vivo foi a que mais ganhou clientes no pós no primeiro semestre deste ano: 1,5 milhão de clientes. Além disso, a tele é a que detém a maior base de assinantes pós-pago no País (47,4 milhões).
Já a Claro ganhou 1,3 milhão de acessos no mesmo período. E a TIM ganhou 873 mil assinaturas de celular pós-pago no primeiro semestre de 2024. No mesmo período do ano passado, a subsidiária brasileira do grupo tinha observado uma queda nessa base de acessos, como demonstra a tabela abaixo.
Balanço móvel: pré e pós-pago no primeiro semestre de 2024
Com o maior interesse dos clientes por planos pós, todas as grandes operadoras perderam acessos pré-pago no primeiro semestre de 2024. A queda de 1 milhão, no entanto, foi menos acelerada do que aquela registrada no mesmo período do ano passado – quando a baixa combinada de acessos alcançou quase 3 milhões.
A TIM, que ao contrário das duas principais concorrentes tem uma base pré-paga maior do que a pós, foi a companhia que mais perdeu usuários no pré no semestre: 619 mil. A Vivo aparece em segundo lugar, com 289 mil adições negativas, seguida pela Claro (-85 mil).
Internet das coisas
Os acessos de comunicação do tipo machine to machine (M2M) e terminais de ponto de serviço (chamados de PoS, que estão em máquinas de cartão, por exemplo) cresceram em ritmo mais lento no primeiro semestre de 2024.
Nesse período, o setor ganhou 835 mil novas linhas para IoT, totalizando 43,8 milhões de acessos. Já no primeiro semestre de 2023, o mercado IoT havia adicionado 2,1 milhões de acessos.
A líder do segmento, Vivo, fechou o semestre com 16,5 milhões de acessos. A Claro aparece em segundo lugar, com 15,1 milhões, seguida pela TIM (5,5 milhões).
Já a base IoT da Algar (a quarta maior do País) continua desacelerando. A operadora mineira fechou o primeiro semestre de 2024 com 3 milhões de acessos M2M e PoS – contra os 3,4 milhões do mesmo período do ano passado.
A Datora encerrou o primeiro semestre de 2024 com 2,5 milhões de chips IoT ativos. No primeiro semestre de 2023, eram 2,2 milhões.
Veja também análise de TELETIME sobre o mercado 5G, que alcançou 29,2 milhões de clientes no Brasil em junho. Apenas no primeiro semestre, foram 8,7 milhões de clientes migrados à tecnologia.
Fonte: Teletime