Solicitação da Starlink é para explorar a segunda geração da sua constelação de satélites nas bandas Ka, Ku e E. Atualmente, a primeira geração funciona sobre o país com 4.408 satélites e tem licença até 2027.

A Starlink, marca de varejo utilizada no Brasil e no mundo pela Space X, do bilionário Elon Musk, solicitou à Anatel direito de exploração no País de 7,5 mil novos satélites. A empresa já tem autorização para explorar 4.408 satélites – todos em funcionamento – até março de 2027.

O pedido se refere à segunda geração da constelação de satélites de baixa órbita da empresa. Aval para ativação dos mesmos artefatos já foi obtido pela empresa junto à Federal Communications Commission (FCC) nos Estados Unidos. Lá, a Starlink pediu sinal verde para usar 29.988 satélites, mas a agência concedeu a licença apenas para 7,5 mil, por enquanto, operando nas órbitas de 525 Km a 535 Km.

Os novos satélites funcionarão nas radiofrequências de 10,7 GHz a 12,7 GHz (enlace de descida) e 14 GHz a 14,5 GHz (enlace de subida), correspondentes à Banda Ku; 17,8 GHz a 18,6 GHz e 18,8 GHz a 19,3 GHz (enlaces de descida) e 27,5 GHz a 28,6 GHz e 28,8 GHz a 30 GHz (enlaces de subida), correspondentes à Banda Ka; e 71 GHz a 76 GHz (enlace de descida) e 81 GHz a 86 GHz (enlace de subida), que se referem à Banda E.

Por se tratar de constelação com múltiplos satélites, a Anatel colocou o pedido em consulta pública para receber comentários de outras empresas a fim de detectar se há riscos de interferências ou de convivência não harmonizada com os novos satélites de Musk.

A agência também quer saber se deve adotar medidas “para fomentar a sustentabilidade espacial de longo prazo”. Isso porque teme que novos sistemas não-geoestacionários, principalmente os com milhares de satélites, podem dificultas ou inviabilizar a implantação de novas redes.

A consulta publica vai ao ar a partir das 14h desta segunda-feira, 22, no site de participação da Anatel, aqui. O prazo para participação é curto: a consulta ficará aberta até as 23h59 do dia 31 de julho.

Fonte: Telesíntese