A Conexis contabilizou 98 mil antenas de operadoras móveis no Brasil no primeiro trimestre de 2024, um crescimento de 11% comparado às 88 mil unidades de um ano antes. Desse total, 20,8 mil são 5G, o dobro das 10,5 mil registradas um ano antes.

De acordo com dados de suas operadoras associadas (Algar, Claro, TIM, Vivo e Sercomtel/Ligga) e da Anatel, a Conexis informou que a cobertura do 5G chegou a 494 cidades, o equivalente a 49% da população brasileira em um crescimento de cinco vezes (410%) em comparação aos 97 municípios do primeiro trimestre de 2023.

Em acessos móveis, o 5G representa 10% das 238 milhões de conexões do primeiro trimestre de 2024, ou seja, 23,8 milhões. O 4G continua sendo a tecnologia com mais assinantes (81,5%) e o 3G aparece em terceiro (8%). O 2G não aparece na tabela enviada pela Conexis a Mobile Time.

Investimentos e empregos segundo a Conexis

A associação informou ainda que as operadoras investiram R$ 7,6 bilhões no primeiro trimestre de 2024, um crescimento de 3% se comparando aos R$ 7,4 bilhões de um ano antes. Os aportes foram puxados pelo avanço da quinta geração nas telcos.

Vale dizer, o investimento aqui citado é o nominal, sem considerar a inflação acumulada (IPCA). Se considerar o valor de investimento real (com IPCA), as operadoras tiveram uma queda de 1%, de R$ 7,7 bilhões para R$ 7,6 bilhões na comparação ano a ano.

Segundo a associação das operadoras, os investimentos são direcionados principalmente para a ampliação da rede de fibra e da cobertura 5G.

Em empregos diretos, o segmento aumentou 1%, de 518 mil postos para 524 mil.

Receita

A receita bruta nominal das operadoras cresceu de R$ 68 bilhões para R$ 70 bilhões, um crescimento de 3%. Desse total, a receita móvel nominal colaborou com quase metade (44%) do total, R$ 31 bilhões, em uma alta de 8,5% contra R$ 28,5 bilhões de um ano antes.

Mas se considerar a receita bruta real, novamente corrigida pelo IPCA, o setor teve uma queda de 1,4%, de R$ 71 bilhões para R$ 70 bilhões. Aqui, a associação credita o recuo de R$ 1 bilhão a dois fatores:

  • Inflação elevada;
  • A alta concorrência no setor com pressão por preços mais competitivos.

Ainda de acordo com a Conexis, o avanço do setor ocorre principalmente pelo aumento da base de assinantes e pela migração dos clientes para planos com maior valor agregado.

Fonte: Mobiletime