O lançamento da Nucel, operadora móvel virtual (MVNO) do Nubank, na terça-feira, 29, impactou as ações de Vivo e TIM negociadas na B3, a bolsa de valores brasileira.
As ações ordinárias da Vivo, por exemplo, tiveram queda de 3,62%, fechando cotadas a R$ 51,91, ante R$ 53,80 na véspera. A tele, inclusive, foi questionada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre a oscilação atípica nos preços dos papéis.
“Em resposta ao Ofício, a Companhia acredita que as referidas variações das cotações de suas ações possam decorrer de reação do mercado à notícia veiculada na imprensa na data de ontem (29 de outubro de 2024), (…) a qual traz informações sobre o lançamento, pelo Nubank, de uma operadora virtual de telefonia celular (NuCel)”, diz a Vivo, em trecho do comunicado ao mercado.
A marca do Grupo Telefónica ainda cita que, “aparentemente, variações de cotações também se identificaram nas cotações de outras empresas do setor no mesmo período”.
No caso da TIM, a variação negativa foi ainda mais ampla, com as ações ordinárias registrando queda de 4,94%. O valor de fechamento ficou em R$ 16,34, abaixo dos R$ 17,35 do dia anterior.
No início da noite desta quarta-feira, 30, a tele, também em resposta à CVM, disse que não há fatos relevantes para justificar as oscilações, preferindo não citar a operação de telefonia celular do Nubank.
“A esse respeito, a TIM esclarece que não há fatos ou atos relevantes que em seu entendimento possam justificar possíveis oscilações atípicas no número de negócios e na quantidade negociada de ações da Companhia, além daqueles amplamente já divulgados ao mercado. Entretanto, na data de ontem, foi possível verificar variações de volume e preço similares em outras companhias listadas no Brasil e no exterior, que atuam no nosso setor”, afirmou a operadora.
Nesta quarta, os papéis das operadoras mostraram reação positiva, com as cotações da Vivo subindo 1,48% e da TIM, 1,77%.
Novo concorrente
No lançamento oficial do NuCel, a diretoria do Nubank destacou que a o banco também busca oferecer produtos para o dia a dia dos clientes, por isso, a entrada no mercado de telefonia móvel.
O serviço celular, no formato de MVNO, funcionará usando a rede da Claro, no modelo de compartilhamento de receitas (revenue share). A operação já foi autorizada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
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