Participando de oitiva na CPI de Empresas de Telecomunicações da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), a TIM classificou como alarmante o cenário de roubo de cabos e equipamentos no Estado e também indicou iniciativas de segurança adotadas pela empresa diante do problema.

Aos deputados estaduais paulistas, o diretor de relações institucionais da TIM, Cleber Rodrigo Affanio, indicou que São Paulo responde por 50% dos eventos e 70% dos custos financeiros de recuperação após roubos e furtos. Há pontos específicos – como algumas estações rádiobase no Rodoanel – especialmente visados pelos criminosos.

Ao todo, a TIM reportou 1,8 mil ocorrências de subtração de equipamentos até agosto deste ano e 370 km de cabos roubados. Os números de 2023 também chamam atenção: 3,6 mil ocorrências e quase 800 km de cabos roubados.

Por isso, a empresa tem investido em uma série de ações. Uma delas é um piloto de “barreira tecnológica” nas estações, que são equipadas com câmeras e sirenes como forma de coibir e lidar com as ocorrências. Em todo o Brasil são 380 ERBs equipadas com no “experimento”, que deve evoluir, segundo Affanio.

Outra iniciativa envolve o investimento em baterias de lítio: segundo o diretor da TIM, apenas neste ano foram investidos R$ 14 milhões em equipamentos baseados no material. A intenção é substituir baterias de cobre, bastante visadas pelo alto valor de revenda do metal.

A segurança pública não foi o único tema que motivou questionamentos de deputados paulistas. Repetindo a experiência com a Vivo, parlamentares abordaram um amplo leque de assuntos que passou por práticas de telemarketing, golpes telefônicos, Fistel, políticas de score de crédito, reclamações e expansão da cobertura na fronteira agrícola e em rodovias.

Neste sentido, a empresa apontou que dos 18 milhões de hectares conectados pela empresa em projeto ao lado de propriedades rurais, 4,7 milhões de hectares estão no Estado de São Paulo.

Ainda em território paulista, a TIM também foi vencedora para fornecer conectividade em duas concessões de rodovias: em 597 km da Econoroeste, com sinal móvel já implementado; e em 626 km na CCR Rio-São Paulo, em processo em andamento. Aqui, Affanio defendeu a abertura de roaming pelas operadoras concorrentes.

Fonte:

Teletime