Dados da portabilidade numérica no Brasil indicaram uma alta de 1% nas trocas de operadoras móveis no terceiro trimestre, contrastando com queda vista no acumulado de 2024. Já na telefonia fixa, as mudanças de prestadoras cresceram 38% no trimestre, na comparação com o mesmo intervalo de 2023.
As informações foram compiladas pelo TELETIME a partir da base de dados Associação Brasileira de Recursos em Telecomunicações (ABR Telecom), que faz a gestão centralizada da portabilidade.
Na telefonia fixa, as portabilidades efetivadas tiveram alta considerável no terceiro trimestre: de 37,9%. Foram 411 mil assinantes do serviço que trocaram de prestadora nos meses de julho, agosto e setembro, com manutenção do número.
Uma das razões que fizeram essa portabilidade disparar pode estar ligada ao processo de desligamento da rede fixa da Oi, que vem estimulando seus usuários a mudarem de tecnologia, para a migração para uma solução de WLL, ofertada pela rede da TIM, ou simplesmente desconectando os usuários onde a rede deixou de estar disponível. Mas a própria incerteza sobre o futuro dos serviços prestados pela operadora pode estar estimulando os usuários a buscarem outras alternativas, ainda que este diagnóstico não esteja nos dados da ABR.
Já no acumulado de 2024, a soma aponta 1,12 milhão de linhas fixas “portadas”, o que representa alta de 9,7% na comparação com os mesmos nove meses do ano passado.
Serviços móveis
No terceiro trimestre, 1,26 milhão de clientes tiveram trocas de operadoras móveis efetivadas no País, com a manutenção do mesmo número. Além de alta de 1% em um ano, houve crescimento de 2,5% na comparação com o segundo trimestre de 2024.
Já no acumulado de 2024, ainda há queda de 15% na quantidade de números móveis “portados”. São 3,66 milhões de clientes que trocaram de operadora nos nove primeiros meses deste ano, contra 4,35 milhões no mesmo período de 2023.
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