O Ministério das Comunicações (MCom) anunciou nesta quarta-feira, 14, a previsão de iniciar ainda neste mês testes do 5G FWA (acesso fixo sem fio) em três escolas públicas do Rio Grande do Norte. A iniciativa avaliará a viabilidade da tecnologia como alternativa para conectar as instituições.
Esta é a segunda rodada de testes do 5G FWA. A primeira ocorreu no Distrito Federal, e os resultados mostraram limitações nas escolas mais distantes da área central da capital, Brasília. Enquanto que o recomendado para possibilitar atividades pedagógicas é a velocidade de 1Mbps por aluno, escolas mais afastadas registraram médias de 0,74 Mbps a 0,88 Mbps, sendo uma delas, a mais remota, sem resultado divulgado.
Desta vez, os experimentos não serão iguais aos realizados no Distrito Federal. “Esses primeiros testes foram realizados com os equipamentos para a conexão 5G FWA instalados dentro das escolas. Agora será a vez de checar o desempenho com eles instalados do lado externo das escolas”, explica o órgão no comunicado.
Em nota divulgada pelo MCom, o ministro Juscelino Filho aponta como uma das motivações da realização de novos testes a chance de acelerar o cumprimento da meta de levar conectividade a todas as escolas públicas até o final de 2026.
“O nosso objetivo é avaliar se esta tecnologia pode tornar os projetos de conexão de escolas mais viáveis e acessíveis, além de reduzir o tempo de implementação. Desta forma, ela será mais uma opção entre as diversas alternativas que dispomos, como fibra ótica e conexão satelital, de acordo com a localidade da unidade escolar”, disse o ministro.
Ressalvas
A Entidade Administradora da Conectividade de Escolas (EACE), responsável por administrar a execução do Aprender Conectado, projeto que utiliza recursos do Leilão do 5G para levar internet a instituições da rede pública, já recebeu propostas para conectar algumas unidades usando a tecnologia 5G FWA, modalidade de banda larga fixa que usa a nova geração de rede móvel. No entanto, o próprio presidente, Flávio Santos, reconhece que o desempenho pode ser um obstáculo para a adoção.
Cabe à EACE levar internet para escolas localizadas em regiões mais remotas. A maioria delas, inclusive, depende especificamente de satélite. O que não impede que a tecnologia seja aplicada em outras iniciativas de conectividade, em localidades menos complexas, fora do âmbito da entidade.
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