Ocorreu na noite da última sexta-feira, 28, o lançamento do satélite Jupiter 3 da Hughes. O artefato projetado para fornecer gigabytes de conectividade na América do Sul e do Norte foi ao espaço a bordo do foguete Falcon Heavy da SpaceX, partindo do Centro Espacial Kennedy, na Flórida (Estados Unidos).
O procedimento ocorreu após dois adiamentos consecutivos do lançamento, nos dias 26 e 27 de julho. Três horas e vinte oito minutos após a decolagem – ou na madrugada de sábado, 29 – a Hughes confirmou o sucesso do lançamento. O Jupiter 3 começou a enviar e receber seus primeiros sinais e os painéis solares do satélite se desdobraram no espaço, segundo a empresa.
Nas próximas semanas, o equipamento viajará cerca de 35,7 mil km acima da Terra até seu destino, no slot orbital de 95 graus oeste. Em seguida, o artefato passará por testes de barramento e de carga útil antes de entrar em serviço, dobrando a capacidade da frota Jupiter da Hughes com mais de 500 Gbps de capacidade adicional.
Construído pela Maxar Technologies após encomenda realizada ainda em 2017, o artefato é classificado pela Hughes como o maior satélite de comunicações comerciais já construído. Ele deve atingir o comprimento de um prédio de dez andares quando contar com os 14 painéis solares posicionados no espaço.
Vital na estratégia da empresa para o mercado de banda larga, o recurso também deve resultar em incremento das ofertas da HughesNet para clientes da América Latina (incluindo Brasil) e dos Estados Unidos, permitindo planos de até 100 Mbps em determinados mercados.
A empresa também oferecerá planos HughesNet Fusion equipados com maior velocidade e baixa latência. Neste caso, a abordagem deve combinar tecnologias sem fio e via satélite, informou a operadora. Conectividade em voos (IFC), atendimento de redes corporativas e backhaul para redes móveis devem ser outros usos do Jupiter 3 nas Américas.
Nova era
CEO da EchoStar (controladora da operadora de satéliets), Hamid Akhavan classificou o lançamento do satélite como o “início de uma nova era de conectividade” para a Hughes, sobretudo no atendimento de clientes não atendidos por fibra e cabo.
“O Jupiter 3 é o satélite de maior capacidade e desempenho que já lançamos. Ele foi projetado exclusivamente para atender necessidades de nossos clientes e direcionar a capacidade onde é mais necessário, como as regiões mais rurais das Américas, para que possam permanecer conectados aos aplicativos e serviços dos quais dependem todos os dias”, indicou o executivo. Com o novo artefato, a empresa deve ficar melhor posicionada na disputa com players do segmento de baixa órbita (LEO).
Fonte: Teletime