A Blue Origin lançou o novo foguete de alta capacidade New Glenn na madrugada desta quinta-feira, 16. O principal objetivo da missão foi colocar em órbita o satélite de teste Blue Ring Pathfinder, o que ocorreu com sucesso.

Apesar disso, a chegada à Terra do primeiro estágio não deu certo – já que o pouso do propulsor, que seria em uma barca no Oceano Atlântico, falhou. 

A comunicação com o sistema de telemetria do propulsor foi perdida minutos após a decolagem  na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida. Essa tecnologia é importante pois é a partir dela que é possível obter informações em tempo real sobre o motor do foguete. 

Mesmo com o imprevisto, a missão foi considerada um sucesso pela vice-presidente da Blue Origin, Ariane Cornell. A companhia nasceu há 25 anos e essa é a primeira viagem dela ao espaço desde então. Em 2018 Corneel esteve no Brasil, no Congresso Latinoamericano de Satélites, falando sobre os planos da empresa. Na ocasião, ela previa o lançamento em 2020, o que mostra o atraso e ass dificuldades enfrentadas pela Amazon para viabilizar o projeto.

“Nós atingimos o objetivo principal, crítico e número um. Conseguimos orbitar em segurança. E conseguimos fazer isso logo na primeira tentativa“, comemorou o executivo durante transmissão ao vivo da empresa. 

Futuro

O fato do New Glenn conseguir colocar um artefato de teste em órbita também faz com que ele fique mais perto de conseguir as certificações necessárias do Departamento de Defesa dos Estados Unidos – o que o habilita para exercer missões de envio de satélites de segurança nacional.

A ideia da empresa de Jeff Bezos é rivalizar com a SpaceX no negócio de lançamento de satélites. A Amazon também segue a todo vapor com o Projeto Kuiper, que pretende colocar em órbita 3.236 satélites nos próximos anos, com início das operações de banda larga já em 2025.

No caso da Blue Origin, ainda é preciso ter domínio sobre algo que a empresa de Elon Musk conseguiu obter após uma série de tentativas frustradas: a reutilização dos propulsores de foguete. “Sabíamos que pousar nosso propulsor na primeira tentativa era uma meta ambiciosa. Aprenderemos muito com o dia de hoje e tentaremos novamente em nosso próximo lançamento nesta primavera [outono no Hemisfério Sul]”, disse o CEO da companhia, Dave Limp.

O New Glenn tem 98 metros de altura e foi projetado para levar para a órbita volumes maiores de carga. Com ele, a expectativa é de que a Blue Origin faça entre seis e oito lançamentos ainda este ano.

Fonte:
Teletime